Os primeiros meses de 2018 deverão ser muito parecidos com os últimos de 2017 no que diz respeito a previsão do tempo, informou o engenheiro agrônomo da emissora, Ronaldo Coutinho do Prado, em entrevista especial à reportagem da Rádio Rural. Ou seja, períodos sem chuva e dias com pancadas, especialmente à tarde. A previsão ainda indica chegada do frio mais cedo neste ano.
Inicialmente, Coutinho fez uma análise sobre o ano que acabou. Nas palavras dele, o ano foi "atravessado", diferente de outros anos. "Começou com o La Niña, depois teve o El Niño, e aí voltou o La Ninã. Tivemos muita alternância entre períodos de muita chuva e outras de pouca chuva. O que mais marcou foi ali em maio, que teve muita chuva em boa parte do estado. Depois veio um período seco até outubro. Em maio também teve frio forte, mas depois amenizou", explicou, lembrando que setembro teve 5ºC acima do normal.
Sobre as chuvas dos últimos dias, com as chamadas pancadas de verão, Coutinho explica que não ameniza totalmente a situação de seca. "Ajuda na parte da lavoura. Na parte das nascentes, demora ainda. Para recuperação do lençol freático é demorado. É provável que o resto do verão continue com chuva irregular. O [fenômeno] La Niña continua. Torcer que esses períodos coincidam com o período da cultura, ou seja, chuva na hora certa, e seca na hora da colheita", pontua.
Sobre o restante do ano que está começando, Coutinho diz que em janeiro já há alguns dias de frio. O verão será mais agradável do que o normal. A perspectiva é que o frio chegue mais cedo, em final de março ou começo de abril, já com geada nas áreas altas do estado, conforme o engenheiro agrônomo. O inverno deve ser mais intenso do que o do ano passado e começar já a partir de maio.
Impresso em: 08/12/2023 às 06:09