Durante a reunião, o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, destacou a necessidade de avanços em biosseguridade nas propriedades rurais, principalmente nas pequenas e médias. Segundo ele, apesar dos progressos conquistados, ainda existem desafios relacionados à sucessão familiar no campo e às dificuldades dos produtores em realizar novos investimentos.
Entre as solicitações feitas à comitiva estadual, também estão o apoio para agilizar a liberação de cargas no Porto Seco de Dionísio Cerqueira — especialmente com a abertura da chamada “Rota do Milho”, que trará grãos do Paraguai e da Argentina — e a isenção de PIS e COFINS para pequenas e médias empresas e cooperativas importadoras de milho, com o objetivo de manter a competitividade do setor.“É fundamental que os produtores tenham segurança para investir, e isso passa por uma parceria sólida com o governo. A biosseguridade é uma prioridade, mas precisamos de um modelo que seja viável para todos”, ressaltou De Lorenzi.
Em resposta, o secretário Carlos Chiodini reiterou o compromisso do governo em manter o status sanitário diferenciado de Santa Catarina — o único Estado brasileiro habilitado a exportar carne suína para mercados como Japão, Estados Unidos e México. Ele afirmou que a normatização da biosseguridade será obrigatória, mas com atenção especial aos pequenos produtores.
A visita à ACCS integra uma série de encontros promovidos pelo governo estadual com entidades representativas do agronegócio. A expectativa é de que, por meio do diálogo e da cooperação entre setor público e produtores, Santa Catarina siga como referência em sanidade animal e excelência na produção de carne suína.“O Estado vai oferecer crédito subsidiado, com juro reduzido e apoio direto ao investimento, para garantir que todos consigam cumprir as exigências sanitárias. Isso não é apenas uma exigência legal, mas uma medida essencial para proteger nosso maior patrimônio: a sanidade da produção agropecuária de Santa Catarina”, declarou Chiodini.