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Agropecuária
Ipumirim tem caso suspeito de gripe aviária
Outros casos são investigados no país.
O alerta ocorre em um momento em que o estado vizinho já lida com um foco confirmado de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em um estabelecimento de aves no município de Montenegro (RS). Por conta disso, o Ministério declarou estado de emergência zoossanitária por 60 dias, e Santa Catarina, como medida preventiva, atualizou as regras de trânsito interestadual de aves e ovos férteis.
Conforme a Nota Técnica Nº 002/2025, publicada no dia 17 de maio pela Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária e pela Cidasc, está proibido o ingresso em Santa Catarina de aves vivas e ovos férteis oriundos dos seguintes municípios gaúchos:
Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo.
O documento destaca que o trânsito de cargas de outras regiões do RS será permitido apenas por corredores sanitários, e todas as cargas que entrarem em SC deverão passar por desinfecção obrigatória nos Postos Fixos de Fiscalização (PFFs), sob monitoramento do Serviço de Defesa Sanitária Animal.
Ainda segundo a nota, está autorizado o ingresso de produtos de origem animal de aves, com exceção dos ovos comerciais oriundos das 12 cidades da zona de contenção.
Segurança alimentar e risco à saúde humana
O Ministério da Agricultura esclarece que não há risco de transmissão da doença por meio do consumo de carne de aves ou ovos devidamente inspecionados. A Influenza Aviária, especialmente o subtipo H5N1, afeta principalmente as aves, e os casos de transmissão para humanos são raros, geralmente ocorrendo entre profissionais que têm contato direto e intenso com aves infectadas.
Medidas de prevenção para produtores
As autoridades reforçam o pedido para que os produtores adotem medidas rigorosas de biosseguridade, como:
Proibir a entrada de pessoas estranhas nas granjas;
Não manipular aves mortas ou com sinais clínicos;
Comunicar imediatamente a Cidasc em caso de suspeitas, como aves com torcicolo, dificuldade respiratória, andar cambaleante ou mortalidade súbita.
Segundo o secretário da Agricultura de SC, Carlos Chiodini, as ações visam “proteger a avicultura catarinense, um dos setores mais estratégicos da economia do estado”. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, reforça o compromisso com a vigilância ativa e o cumprimento rigoroso dos protocolos.
O caso integra uma lista de investigações em andamento no país sobre síndromes respiratórias e nervosas em aves, sendo acompanhado de perto por equipes do Serviço Veterinário Oficial. Ainda não há confirmação da presença do vírus da influenza aviária no plantel, mas amostras foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP), referência nacional em exames do tipo.
Além de Ipumirim, um caso semelhante está sendo investigado em uma granja comercial em Aguiarnópolis, no Tocantins. Ambos os casos ganharam maior atenção após a confirmação, na última semana, de um foco da doença em Montenegro (RS), o primeiro registrado em uma criação comercial no Brasil.
Até este domingo (18), o Ministério da Agricultura também investigava focos suspeitos em aves de subsistência em outros municípios, como Triunfo (RS), Brasilândia (MT), Graciosa Cardoso (SE) e Salitre (CE). Nestes casos, por se tratar de criações domésticas, não há impactos comerciais diretos.
A expectativa é que os resultados laboratoriais dos casos sob análise sejam divulgados nesta segunda-feira (19). Enquanto isso, os órgãos de defesa agropecuária reforçam os protocolos de vigilância e orientam produtores e trabalhadores do setor avícola a manterem medidas rigorosas de biossegurança.
Santa Catarina, importante polo da avicultura nacional, acompanha com atenção o desenrolar das investigações em Ipumirim, temendo eventuais impactos econômicos em caso de confirmação.
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