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Estudantes endividados por causa do Universidade Gratuita pressionam Governo de SC por mudanças


Deputados estaduais cobram soluções após enxurrada de denúncias; novo calendário será adotado.

Por Rafael Martini
05/06/2025 às 11h20 | Atualizada em 06/06/2025 - 08h56
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Um grande número de estudantes catarinenses relata ter se endividado ao tentar acessar o programa Universidade Gratuita, do Governo de Santa Catarina. A situação ganhou repercussão na Assembleia Legislativa, onde parlamentares passaram a cobrar respostas e ajustes no funcionamento da política pública.

De acordo com o deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), um dos que deram voz ao movimento, centenas de alunos vêm denunciando nas redes sociais que assumiram dívidas com mensalidades e matrículas na expectativa de receber o benefício. No entanto, muitos acabaram não contemplados ou seguem sem confirmação.

“Os relatos são dramáticos porque o sonho de muitas famílias está virando pesadelo. A pessoa paga a mensalidade acreditando na garantia da bolsa de estudos, sonha com o benefício e acorda com a dívida”, lamenta Bernardes.

Segundo estudantes e parlamentares, o principal problema está no calendário atual do programa. As inscrições e a divulgação dos contemplados ocorrem depois do início do período de matrículas, fazendo com que os alunos assumam compromissos financeiros sem a certeza de que terão o custo ressarcido.

Diante da pressão, a Secretaria de Estado da Educação sinalizou mudanças: a partir do segundo semestre de 2025, as etapas de inscrição, renovação e contratação da bolsa ocorrerão antes do início das aulas, evitando que novos alunos fiquem no prejuízo.

Para garantir que a correção se mantenha, Napoleão Bernardes afirma que apresentará um projeto de lei tornando obrigatório que todos os trâmites do Universidade Gratuita ocorram antes da matrícula. Além disso, o deputado defende a criação de um plano emergencial para socorrer os estudantes que já acumularam dívidas.

“Também precisamos que o Estado tenha um olhar especial e um plano viável para auxiliar essas pessoas que já estão endividadas”, finaliza.


Fonte: Com informações da ALESC




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