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O PREÇO DE SER UM BRASILEIRO
O peso dos impostos e a ausência justa de retorno, um retrato do Brasil em 2025
Apesar dessa elevada arrecadação que engorda os cofres do governo, o retorno em áreas essenciais como saúde, educação, transporte e segurança pública continua extremamente insatisfatório, deixando hospitais superlotados e sucateados, escolas com infraestrutura precária, transporte coletivo deficiente, estradas abandonadas ao tempo e elevados índices de criminalidade e insegurança, sinais de um sistema que falha em sua missão básica e constituinte de cuidar do cidadão. Por conta desse descaso, muitos brasileiros são obrigados a recorrer à rede privada para garantir serviços que deveriam ser plenamente assegurados pelo Estado, gerando um ciclo perverso de dupla tributação paga-se imposto para ter do estado os serviços essenciais e, como não tem, paga-se de novo pelos mesmos serviços essenciais, só que vindo do prestador privado.
Sabemos também que essa distorção entre arrecadação e retorno está diretamente ligada à má gestão, corrupção e desperdício de recursos públicos. Casos frequentes de superfaturamento, obras inacabadas, desvios de verbas e uso político do orçamento são amplamente noticiados e indignam a sociedade. Os dados são alarmantes, o dinheiro público, que deveria ser sinônimo de investimento em bem-estar coletivo, é diluído em práticas ineficientes ou criminosas, aprofundando as desigualdades e deteriorando a confiança nas instituições.
E essa é a nossa realidade meu caro amigo leitor, ser brasileiro custa caro e é profundamente incômoda essa condição da população que, apesar de ser obrigada a participar do processo eleitoral, dando legitimidade ao sistema político e a arcar pontualmente com pesados encargos tributários, não possui um mecanismo legal e eficaz para destituir gestores públicos incompetentes, corruptos ou que traem o interesse coletivo. Esse contraste entre deveres e direitos evidencia um enorme déficit democrático, onde o cidadão cumpre suas obrigações, mas é frequentemente refém de uma estrutura de poder que não lhe permite corrigir, de forma ágil e efetiva, as distorções da má gestão pública.
Fonte: LAERCIO GRIGOLLO - CONSULTORIA EMPRESARIAL
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