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Justiça

Empresário é denunciado por feminicídio de esposa Concordiense em condomínio de luxo em SP


Promotoria muda entendimento após análise de perito contratado pela família da vítima.

Por Rafael Martini
22/08/2025 às 11h46
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Em menos de cinco dias, o caso do empresário catarinense Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, preso suspeito de matar a esposa, Bruna Martello Carvalho, de 35 anos, teve uma reviravolta. O crime ocorreu no início deste mês, no condomínio Alphaville, em São Paulo, onde o casal residia.

Inicialmente, o Ministério Público havia pedido a soltura de Fábio por considerar que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apresentava pontos inconclusivos sobre a causa da morte de Bruna. No entanto, com a apresentação de uma análise independente solicitada pela família da vítima, o promotor Vitor Petri mudou o entendimento e denunciou Fábio por feminicídio duplamente qualificado, com base em asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. A Justiça aceitou a denúncia, e o empresário agora é réu no processo.

Bruna, que era natural de Concórdia e mãe de uma menina de cinco anos, foi encontrada morta no dia 3 de agosto, com ferimentos na cabeça, rosto, braços e pernas. Fábio alegou que a esposa teria sofrido uma convulsão e batido com a cabeça, chegando a ligar para o Samu para pedir socorro, mas foi preso em flagrante.

Durante as investigações, a polícia descobriu que Fábio já tinha um mandado de prisão em aberto por não instalar tornozeleira eletrônica determinada após denúncias de violência doméstica contra outra mulher, em Blumenau. Essa ex-companheira chegou a obter três medidas protetivas contra ele. Além disso, havia outro mandado por inadimplência de pensão alimentícia.

A reviravolta no caso ocorreu após os pais de Bruna apresentarem um laudo assinado por um perito contratado, apontando que o exame do IML “provoca uma falsa conclusão” e que os sinais no corpo da vítima são compatíveis com asfixia por compressão torácica de origem externa. Com isso, o Ministério Público decidiu manter a prisão preventiva e seguir com a acusação.

Bruna e Fábio estavam juntos havia cerca de um ano. O corpo da vítima foi sepultado em Santana de Parnaíba (SP).

Defesa do acusado contesta denúncia

O advogado de defesa, Rodolfo Warmeling, declarou que a denúncia se baseia em “um laudo pericial indireto”, não elaborado por um profissional oficial do IML. Ele afirmou que apresentará a defesa no momento oportuno e que confia que “os fatos serão melhor esclarecidos ao longo do processo”.
O caso segue sob análise da Justiça de São Paulo, e Fábio permanece preso.


Fonte: Com informações do Portal NSC Total




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