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Saúde

Santa Catarina tem alta de 328% em casos de hipertensão atendidos pelo SUS em quatro anos


Levantamento do Ministério da Saúde mostra que os atendimentos quadruplicaram em Santa Catarina.

Por Lucas Villiger
17/09/2025 às 11h20
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Os atendimentos a pessoas com hipertensão arterial em Santa Catarina saltaram de 851.452 em 2019 para 3.645.836 em 2023, um aumento expressivo de 328,2%. No estado, os hipertensos representam 20% dos usuários cadastrados na Atenção Primária à Saúde.

Os dados, revelados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, mostram que o crescimento em Santa Catarina foi bem superior à média nacional. No Brasil, os atendimentos pularam de 29.824.156 para 61.962.586 no mesmo período, um aumento de 107,76%.

Cenário da hipertensão no Brasil aponta para maior atendimentos após os 60 anos

Nacionalmente, o maior número de atendimentos se concentrou na faixa etária de 60 a 69 anos. Em 2023, a hipertensão foi a causa de 27,9% dos atendimentos a mulheres e 30% dos atendimentos a homens nessa faixa etária.

O boletim também mostra que, entre 2010 e 2023, 6% dos óbitos no Brasil foram associados à hipertensão. O índice de mortes a cada 100 mil habitantes aumentou de 183,5 para 211,5 nos anos analisados.

A PNS (Pesquisa Nacional da Saúde) indica que mais de 38 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais já receberam o diagnóstico da doença. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde criou cinco recomendações governamentais para o combate à hipertensão:

Fortalecer a Atenção Primária: ampliar a cobertura para focar no rastreamento e monitoramento da hipertensão, garantindo acesso rápido a serviços especializados;

Combater as desigualdades: criar políticas específicas para garantir que o acesso ao diagnóstico e tratamento seja igualitário em todo o país;

Promover hábitos saudáveis: intensificar campanhas educativas e medidas regulatórias, como a redução de sódio em alimentos e a taxação de bebidas açucaradas, álcool e tabaco;

Melhorar os sistemas de informação: aprimorar e integrar os sistemas de saúde para monitorar a hipertensão de forma contínua e avaliar as políticas públicas com dados precisos;

Estimular ações intersetoriais: promover a colaboração entre os setores de saúde, educação, agricultura e urbanismo para criar ambientes que incentivem escolhas mais saudáveis.


Fonte: ND+




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