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Justiça

MP determina retorno do inquérito do acidente de balão em Praia Grande à Polícia Civil


Promotoria solicita novas diligências para esclarecer circunstâncias da tragédia no Sul de SC.

Por Rafael Martini
27/10/2025 às 11h08
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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) determinou o retorno do inquérito que investiga o acidente de balão ocorrido em Praia Grande, no Extremo Sul do Estado, para que a Polícia Civil cumpra novas diligências e complemente a investigação. A decisão foi expedida pela Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Rosa do Sul, responsável pelo caso.

De acordo com informações apuradas pelo jornalismo da Rádio Rural, o MPSC requereu que a Polícia Científica responda a quesitos complementares relacionados aos laudos periciais e anexe mídias e documentos citados nos relatórios técnicos, no prazo de 60 dias. Além disso, o Ministério Público solicitou que a Polícia Científica e a Autoridade Policial se manifestem, em até 20 dias, sobre a viabilidade de realizar uma reprodução simulada dos fatos, com o objetivo de reconstituir as circunstâncias do voo do balão de ar quente que terminou em tragédia.

A medida tem por finalidade aprofundar a análise técnica e buscar novos elementos, quanto à existência de crime e à eventual responsabilidade penal dos envolvidos.

Relembre o caso

O desastre, que comoveu o país, resultou em oito mortes e 13 feridos. Entre as vítimas fatais estavam Leise Herrmann Parizotto, médica de Blumenau e natural de Concórdia, e sua mãe, Leane Elizabeth Herrmann, também concordiense.

O acidente ocorreu em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, durante um voo turístico de balão. O episódio gerou grande comoção social e mobilizou órgãos de investigação e perícia.

Nos últimos dias, a Associação das Famílias das Vítimas do Acidente de Balão divulgou uma nota de repúdio após a decisão que não indiciou o piloto Elvis de Bem Crescêncio, responsável pela condução do balão no dia do acidente. Na nota, o grupo expressa profunda indignação e considera a decisão uma afronta à memória das vítimas e um grave erro da investigação.

Com a decisão do MPSC, o caso retorna à Polícia Civil, que deverá cumprir as diligências determinadas antes que o inquérito volte ao Ministério Público para nova análise e possível definição sobre eventuais responsabilidades criminais.




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