No desabafo publicado na internet, a mãe afirmou que, segundo ela, a Prefeitura de Concórdia não disponibilizou transporte especializado para o deslocamento. Ela relatou ter recebido apenas as passagens de ônibus para a viagem, sem orientações adicionais. Segundo o relato, o motorista da empresa responsável auxiliou com informações durante o percurso.
A mãe contou que o bebê começou a se sentir mal no trajeto e desmaiou no ônibus. Passageiros chamaram o motorista, que parou o veículo às margens da rodovia. Equipes de socorro foram acionadas imediatamente, mas, após vários minutos de tentativas de reanimação, o bebê acabou falecendo. Emocionada, ela disse estar longe de casa, acompanhada do filho mais velho, de 12 anos, aguardando apoio para o transporte do corpo e o retorno a Concórdia.

Secretaria de Saúde explica protocolo e afirma ter prestado apoio
Ainda na manhã desta quarta-feira, o secretário municipal de Saúde, Rudi Zanella, participou ao vivo do programa Show do Cezar Luiz, na Rádio Rural, para esclarecer o caso e explicar os protocolos adotados pelo município.
Segundo Zanella, a criança havia sido encaminhada para uma consulta ambulatorial com um nefrologista — especialista em rins — no Hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis. Ele destacou que o médico responsável em Concórdia não solicitou transporte especial, como ambulância, pois esse tipo de deslocamento é destinado apenas a pacientes acamados, com oxigênio, traqueostomia ou outras condições que exigem cuidados específicos.
O secretário também informou que, após a consulta, o médico em Florianópolis liberou o bebê para retornar de ônibus, entendendo que não havia necessidade de transporte diferenciado. “A Secretaria ofereceu as passagens para a mãe e para um acompanhante, e a família aceitou esse formato de deslocamento”, destacou.
Sobre o momento da fatalidade, Zanella explicou que as primeiras informações indicam que a mãe havia amamentado a criança antes do bebê passar mal. Há suspeita de engasgamento, mas somente o laudo do IGP irá confirmar a causa da morte.
Translado do corpo e da família foi providenciado, diz Secretaria
O secretário também respondeu às queixas da mãe sobre a falta de apoio para o translado. Ele afirmou que recebeu ligação ainda de madrugada, por volta da meia-noite, solicitando auxílio, e que imediatamente acionou a funerária de plantão em Concórdia.
Segundo ele, um veículo maior saiu às 4h da manhã rumo ao hospital onde a família aguardava, para trazer de volta a mãe, o filho de 12 anos e o corpo do bebê. “Tudo foi organizado prontamente. O objetivo era agilizar ao máximo o retorno”, destacou Zanella.
Secretaria reforça que protocolos foram seguidos
Durante a entrevista, o secretário reiterou que todo o procedimento seguiu o protocolo médico vigente. Ele lembrou que o município não decide de forma isolada sobre o tipo de transporte: a definição é sempre do profissional médico responsável pelo caso.
“Se o bebê tivesse apresentado sinais graves durante a consulta, o próprio médico teria solicitado a permanência no hospital ou um transporte especial. Mas isso não ocorreu”, explicou.
Zanella reforçou ainda que o município tem prestado suporte total à família e lamentou profundamente a perda. “É uma fatalidade que entristece a todos nós. Somos solidários com a dor dessa mãe e seguiremos prestando toda a assistência necessária.”
A causa oficial da morte será confirmada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). A família aguarda a conclusão dos trâmites para o sepultamento em Concórdia.














