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Agropecuária
ACCS reforça importância da biosseguridade e cobra ações urgentes contra avanço de javalis
Medidas já estão em vigor; liderança reforça riscos à exportação e pede ação do governo federal.
“Nós estamos num tempo bom da suinocultura. A atividade vive um momento positivo de remuneração e não podemos deixar para depois algo tão essencial. Precisamos olhar com carinho essa questão da biosseguridade e começar imediatamente a cercar as áreas de produção”, ressaltou Lorenzi.
O presidente destacou ainda a preocupação global com doenças como a peste suína africana, citando o cenário vivido atualmente em Barcelona. “Eles não estão conseguindo controlar. Estão perdendo inúmeros mercados de carne suína ao redor do mundo por causa disso”, alertou.
Exportações em risco
Santa Catarina é líder nacional em exportação de carne suína, respondendo por 53% de todo o volume exportado pelo Brasil. O país deve encerrar o ano com cerca de 1,5 milhão de toneladas embarcadas. Para Lorenzi, qualquer foco da doença, mesmo que isolado e em uma comunidade distante, teria consequências graves.
“Se der um caso, mesmo que em um único suíno, em qualquer município, nós teremos um problema sério de perda de exportações. Todos sabem o impacto disso na economia. Por isso é fundamental que as propriedades cumpram rigorosamente as exigências do Ministério da Agricultura e da CIDASC”, afirmou.
O dirigente reforçou que a biosseguridade deve incluir a proteção total das áreas de produção, evitando não apenas a entrada de animais externos, mas também o trânsito de espécies domésticas dentro das granjas.
"Galinhas, gatos, cachorros… todos precisam ser controlados para não adentrar em locais de risco”, disse.
Avanço dos javalis preocupa setor
Além da biosseguridade interna das propriedades, Lorenzi chamou atenção para um problema crescente no campo: o aumento da população de javalis em diversas regiões catarinenses. Ele cobrou ações mais efetivas do governo federal.
“Os javalis estão se proliferando nas matas e chegando às propriedades rurais. O governo precisa tomar uma medida urgente e liberar não apenas a caça, mas o abate, para diminuir essa proliferação. É uma ameaça real ao nosso estado e ao país”, afirmou.
O presidente da ACCS relatou que, ao percorrer Santa Catarina, tem encontrado várias áreas com presença significativa desses animais, o que aumenta a preocupação por possíveis transmissões de doenças.
“Precisamos que nossos órgãos de defesa pressionem o governo federal. É um risco que não precisaríamos enfrentar se tivéssemos ações firmes e coerentes. Quem legisla está lá para atender o que o povo precisa, e hoje a suinocultura é uma das forças da prosperidade do nosso estado”, destacou.
Chamado ao setor e às lideranças políticas
Lorenzi concluiu pedindo união entre produtores, entidades e lideranças políticas.
“Conto com a participação de todos. Precisamos monitorar, cobrar e agir. Que nossas lideranças também se posicionem e pressionem por medidas que garantam a continuidade da pujança da nossa suinocultura. A biosseguridade é fundamental para o presente e o futuro do nosso estado”, reforçou.
A ACCS seguirá acompanhando as adequações nas propriedades e reforçando orientações aos suinocultores de todo o estado.
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