NOTÍCIAS



Geral

Greve dos Correios tem ampla adesão em SC e afeta serviços em Concórdia


Paralisação iniciada ontem é por retirada de "direitos históricos" afirma presidente do SINTECT-SC

Por Rafael Martini
17/12/2025 às 09h41 | Atualizada em 18/12/2025 - 08h37
Compartilhar


A paralisação dos funcionários dos Correios em todo o Brasil teve início nesta terça-feira, dia 16, e já registra ampla adesão no estado de Santa Catarina. Cidades como Chapecó, Pinhalzinho, Concórdia e Joaçaba confirmaram a participação no movimento grevista, que começou por volta das 10 horas da manhã de ontem. Em Concórdia, os atendimentos também foram suspensos no mesmo horário.

Em entrevista à reportagem da Rádio Rural, o presidente do SINTECT – Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina, Silvino Endller, destacou que a adesão à greve é expressiva e reflete a insatisfação da categoria com a atual situação da empresa. Segundo ele, nesta quinta-feira, cerca de 90% dos funcionários dos Correios em Santa Catarina já haviam aderido à paralisação, número que pode ser ainda maior em algumas regiões.

“O que nos levou à greve é, principalmente, a proposta de retirada de direitos. A empresa tem atacado benefícios históricos da categoria, e isso gerou uma revolta muito grande entre os trabalhadores”, afirmou Endller.

De acordo com o presidente do SINTECT-SC, o movimento ganhou ainda mais força com a decisão de realizar uma greve estadual em solidariedade a outros estados brasileiros. “Iniciamos uma greve estadual às 22 horas de ontem, em apoio a outros doze estados. Estimamos que hoje cerca de 99% dos trabalhadores estejam paralisados. Temos forte participação de unidades de Chapecó, Pinhalzinho e de toda a região, e a tendência é de que novas adesões ocorram nos próximos dias”, ressaltou.

A paralisação já impacta diretamente os serviços prestados pelos Correios, especialmente a entrega de correspondências e a distribuição de mercadorias, atividade bastante comum na região. Na manhã desta quarta-feira, trabalhadores concentrados em frente à agência local informaram a população sobre a greve e os motivos do movimento.

Ao ser questionado sobre os motivos da greve e quais seriam esses "direitos históricos", o líder do movimento não respondeu a reportagem da emissora até o fechamento da matéria.

Manhã desta quarta-feira, trabalhadores concentrados em frente à agência local informaram a população sobre a greve e os motivos do movimento. - FOTO: SINTECT CONCÓRDIA/DIVULGAÇÃO

O SINTECT reforça que a mobilização seguirá enquanto não houver avanço nas negociações e garantia da manutenção dos direitos dos trabalhadores.




SEJA O PRIMEIRO A COMENTAR




VEJA TAMBÉM