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OUÇA: Final de ano exige atenção redobrada à saúde mental, alerta psicóloga
Especialista destaca acúmulo emocional, cobranças sociais e importância da rede de apoio.
Segundo a profissional, o final do ano funciona como um verdadeiro “espelho emocional”, levando as pessoas a fazerem um balanço de tudo o que viveram ao longo dos últimos meses. “É um momento em que surgem frustrações, cansaço e dores que ficaram acumuladas durante o ano. Muitas vezes, essas questões não foram olhadas com atenção e acabam vindo à tona agora”, explicou.
Amanda destacou que o acúmulo emocional é resultado de uma rotina intensa vivida ao longo do ano, marcada por trabalho, estresse e desafios diários. “As pessoas passam muito tempo no automático e não param para respirar, refletir e reorganizar tudo o que acontece. No final do ano, tudo isso aparece de uma vez”, afirmou.
A psicóloga também relacionou esse cenário à mudança de estação. Segundo ela, a chegada do verão traz uma energia maior de movimento e socialização, o que pode intensificar sentimentos já acumulados. “No inverno, as pessoas ficam mais reclusas. No verão, tudo se movimenta mais, e isso faz com que emoções não resolvidas venham junto”, observou.
Outro ponto destacado pela especialista é a cobrança social para que todos estejam felizes em dezembro. Para Amanda, essa expectativa nem sempre corresponde à realidade emocional de cada pessoa. “Não existe obrigação de estar feliz só porque é final de ano. Cada um vive esse momento de acordo com suas próprias questões internas”, ressaltou.
Como orientação, a psicóloga enfatizou a importância de respeitar os próprios sentimentos, desacelerar e buscar apoio. “É preciso acalmar o coração e a mente. A terapia é uma ferramenta importante, mas também é fundamental estar próximo de pessoas de confiança, que oferecem segurança e acolhimento”, afirmou.
Amanda reforçou ainda que a virada do ano não representa, por si só, uma mudança automática. “A transformação não depende do calendário. Depende de uma escolha interna de querer fazer diferente, de se cuidar e de buscar equilíbrio”, destacou.
Durante a entrevista, a psicóloga chamou atenção para sinais que podem indicar sofrimento emocional mais intenso, como isolamento excessivo, mudanças bruscas de humor, falas de desesperança, desinteresse por atividades antes prazerosas e alterações no sono e no apetite. “É muito importante que familiares e amigos estejam atentos a esses sinais, porque a rede de apoio é essencial para quem está passando por um momento difícil”, alertou.
Para Amanda Pozza, a busca pelo equilíbrio emocional é um processo contínuo. “A vida não é uma linha reta, é uma montanha-russa. Todos nós passamos por altos e baixos, e o mais importante é estarmos fortalecidos internamente para lidar com esses desafios”, concluiu.
Ao final da entrevista, a psicóloga reforçou o convite para que as pessoas se permitam olhar para si mesmas, respeitar seus limites e considerar a terapia como uma aliada no cuidado com a saúde mental. “O final de ano não precisa ser perfeito. Estar perto de quem amamos, respeitar nossos sentimentos e comunicar nossas necessidades já é um grande passo”, finalizou.
Confira o áudio:
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