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OUÇA: Concórdia Saneamento faz balanço do primeiro ano de concessão e projeta investimentos de R$ 350 milhões
Superintendente destaca superação de dificuldades iniciais, avanços operacionais e grandes obras.
Segundo Epstein, o início das atividades, no final de janeiro de 2025, ocorreu em um cenário de déficit significativo de investimentos em infraestrutura de saneamento. “Foi um começo com bastante desafio. Herdamos um sistema que precisava de muitos investimentos, tanto na parte de esgotamento sanitário quanto, principalmente, no abastecimento de água, que é hoje o maior desafio do município”, destacou.
A transição entre a antiga concessionária e a nova operadora foi um dos períodos mais críticos, especialmente entre dezembro e janeiro, quando houve aumento nas reclamações da população. Conforme o superintendente, as dificuldades já eram esperadas. “Toda mudança traz problemas. Mobilizamos equipes operacionais de várias regiões do Brasil para acelerar o aprendizado do sistema. Os primeiros 45 a 60 dias foram os mais difíceis, mas sempre buscamos atuar com transparência e diálogo com a comunidade”, afirmou.
Com a consolidação das equipes e maior conhecimento da rede, Epstein avalia que a Concórdia Saneamento chega ao verão de 2025/2026 mais preparada. “Estamos vivendo nosso primeiro verão completo. Mesmo com temperaturas elevadas e chuvas intensas, conseguimos atender as demandas da cidade e esperamos passar por esse período com mais tranquilidade do que no ano passado”, pontuou.
Investimentos e obras estruturantes
O superintendente explicou que o contrato de concessão prevê investimentos superiores a R$ 350 milhões ao longo do período, sendo cerca de R$ 200 milhões concentrados nos quatro primeiros anos. Para 2026, estão previstos aproximadamente R$ 10 milhões em obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, além da entrega de projetos e licenciamentos ambientais.
Entre as principais obras estruturantes estão a nova captação de água no Rio Uruguai, a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) na Linha São Paulo e a ampliação da ETA do bairro Floresta. “A captação no Rio Uruguai é um projeto complexo, principalmente pela questão do licenciamento federal, já que se trata de um rio fronteiriço. A execução da obra em si não é tão complexa, mas todo o processo de projeto e licenciamento exige muito cuidado”, explicou Epstein.
A expectativa da empresa é selecionar, até o início de março, a empresa responsável pelos projetos da captação no Rio Uruguai e avançar com os licenciamentos ao longo de 2026.
Abastecimento, perdas e uso consciente da água
Epstein também falou sobre as dificuldades enfrentadas atualmente na captação de água, especialmente em períodos de chuvas intensas. Ele citou o caso da captação no Rio Jacutinga, onde o excesso de material arrastado pelas chuvas exige paradas frequentes para limpeza das bombas, reduzindo o volume captado.
Diante desse cenário, o superintendente reforçou o pedido de uso consciente da água por parte da população. “Estamos enfrentando ao mesmo tempo altas temperaturas, que elevam o consumo, e chuvas intensas, que impactam a captação. Por isso, o uso racional da água é fundamental”, alertou.
Na área de distribuição, a Concórdia Saneamento administra cerca de 420 quilômetros de redes. Apesar de grande parte das tubulações ainda ter vida útil adequada, a empresa vem promovendo substituições pontuais, especialmente em locais onde há obras de qualificação viária. “Nosso objetivo é reduzir perdas. Quando iniciamos, o índice era superior a 55%. Hoje estamos em torno de 43%. Já fizemos mais de seis quilômetros de troca de redes em 2025 e, a partir de janeiro de 2026, novas frentes de trabalho serão iniciadas”, informou.
Sistema de esgoto e metas futuras
No esgotamento sanitário, o desafio é ainda maior. O contrato prevê a universalização do serviço até 2033, com a implantação de cerca de 220 quilômetros de rede coletora e 60 estações de bombeamento. Para 2026, a meta é implantar aproximadamente 20 quilômetros de rede, número menor devido à necessidade de elaboração de projetos executivos do zero.
“A partir de 2027 teremos que acelerar, chegando a uma média de quase 40 quilômetros de rede por ano, para cumprir o marco regulatório e alcançar 90% de cobertura de esgotamento sanitário até 2033”, explicou Epstein.
Avaliação do primeiro ano
Ao final da entrevista, o superintendente avaliou de forma positiva o primeiro ano da Concórdia Saneamento. “Estamos satisfeitos com as entregas realizadas e com o empenho da equipe. Sabemos que ainda há muito a avançar, mas 2026 será um ano de novas entregas, com rebranding, modernização de ativos e mais investimentos para qualificar ainda mais os serviços”, concluiu.
José Roberto Epstein também agradeceu o espaço na Rádio Rural e desejou um bom ano novo à comunidade. “Que 2026 seja um ano de muitas realizações para todos os nossos clientes e para o município de Concórdia”, finalizou.
Confira o áudio:
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