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Agropecuária

Suinocultura fecha 2025 com crescimento, estabilidade e avanço nas exportações


OUÇA: Presidente da ACCS avaliou período com um dos melhores da história para a atividade.

Por Rafael Martini
30/12/2025 às 10h51
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O ano de 2025 está sendo considerado extremamente positivo para a suinocultura brasileira, com consolidação em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a produção e a transformação até o consumo final. A avaliação é do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, que destaca a estabilidade de preços, o crescimento do consumo interno e os expressivos resultados nas exportações.

Segundo Lorenzi, a manutenção dos preços ao longo do ano reflete o aumento da aceitação da carne suína pelo consumidor brasileiro. “Tivemos um avanço muito importante no mercado interno, com estabilidade de preços e um consumo per capita projetado em 20,2 quilos. Isso demonstra que conseguimos quebrar resistências históricas, graças à qualidade dos produtos e às estratégias adotadas pelo setor”, afirmou.

No cenário internacional, o desempenho também foi considerado excelente. O Brasil ampliou e abriu novos mercados, com destaque para Japão e Filipinas, fortalecendo a demanda pela carne suína brasileira. Santa Catarina manteve a liderança absoluta nas exportações, respondendo por mais de 50% do volume nacional. Além disso, Rio Grande do Sul e Paraná também apresentaram crescimento expressivo, com aumento de cerca de 40 mil toneladas exportadas por estado.

Outro fator determinante para esse avanço foi o reconhecimento sanitário do país. “A equiparação sanitária, com o Brasil sendo reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal, foi fundamental para abrir portas e consolidar mercados exigentes”, ressaltou o presidente da ACCS.

No campo econômico, a estabilização dos custos de produção trouxe mais segurança aos produtores. De acordo com Lorenzi, o custo médio ficou em torno de R$ 6,32 por quilo, enquanto a comercialização no mercado independente alcançou R$ 8,33 por quilo vivo. Já na integração, a média foi de R$ 6,70, somada à valorização da tipificação de carcaça, o que contribuiu para melhores resultados nas propriedades.

Apesar do cenário favorável, Lorenzi faz um alerta importante quanto à sanidade e à biosseguridade nas granjas. Ele lembra que está em vigor, desde o dia 8 de novembro, uma nova portaria construída em parceria com a Secretaria da Agricultura e a CIDASC, que prevê a implantação completa das normativas de biosseguridade nos próximos dois anos. “É fundamental que cada produtor redobre a atenção. A sanidade precisa ser prioridade absoluta, especialmente diante da ameaça da peste suína africana, que já causa impactos severos em países como a Espanha e compromete exportações”, alertou.

O presidente da ACCS reforça que o compromisso do setor vai além dos números. “Nosso objetivo é garantir produtos de qualidade para o consumidor brasileiro e internacional, mas também promover qualidade de vida no meio rural. Precisamos acordar todos os dias com a sanidade e a biosseguridade como prioridades, para manter o Brasil e Santa Catarina em posição de destaque no cenário mundial”, concluiu.


Confira o áudio:





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